sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Jairo Silva

Jairo Silva

No dia 19 de junho de 1931, Nicolau Tuma, narrador da Rádio Educativa Paulista fez a primeira narração de um jogo de futebol no Brasil. A disputa entre a Seleção de São Paulo x Seleção do Paraná acabou 6 x 4 para os paulistas.
Ao longo dos anos a emoção do rádio ganhava cada vez mais ouvintes, apesar de não visualizar as jogadas, o narrador conseguia passar toda a emoção de uma partida, os fenômenos da popularização do rádio e do futebol caminhavam juntos e alimentavam um ao outro, criando uma forte identidade cultural brasileira.
Mas o que faz do futebol um elemento atrativo do rádio? Segundo o escritor Robert Mcleish “Trata-se de um meio cego, mas que pode estimular a imaginação, de modo que, logo ao ouvir o locutor, o ouvinte tenta visualizar o que ouve, criando na mente a figura do dono da voz”.

Sempre gostei de futebol, seja ele na televisão ou no rádio, mas lógico se eu tiver como ver na televisão e ouvir no rádio deixo a TV sem sombra de duvidas no “mute”. Uma partida de futebol ouvida pelo rádio tem um certo “romantismo” me agrada muito. Muitas vozes imaginei a figura do dono e uma dessas vozes é de Jairo Silva, nascido em 23 de agosto de 1954 em Niterói – RJ,  Radialista desde 1.982, descontraído, amigo de todos, gosta de futebol, mas admira todos os esportes, ama a família, filhos, casa, boa comida, praia, musica e uma cervejinha gelada. Atualmente é comentarista da Transamérica Esportes de Curitiba.
Glauco: Qual seu time de coração?
Jairo: Meu time de coração é o BOTAFOGO FR, aqui no Paraná minha simpatia era o Pinheiros pelos amigos que tinha no simpático clube da vila Guaira, Dionísio, Tadeu, Valter, Serginho Cabeção, Marquinhos e outros.
Glauco: Por que você escolheu o Botafogo?
Jairo: O Botafogo porque quando comecei a entender de futebol, o clube era recheado de grandes craques como, Manga, Nilton Santos, Leônidas, Rildo, Didi, Quarentinha, Garrincha, Amarildo, Zagalo, depois Gerson, Jairzinho, Roberto Miranda, Paulo Cesar Caju e muitos outros que sempre formaram em grandes times.
Glauco: Qual a partida inesquecível do Botafogo para você?
Equipe que enfrentou River Plate em 1964
Jairo: O jogo inesquecível foi Botafogo 4 x 3 River Plate da Argentina com dois gols de Jairzinho e dois de Gérson em Buenos Aires, no dia 14 de julho de 1964. O time jogou com: Manga, Joel, Paulistinha, Nilton Santos e Rildo (Airton); Elton e Gérson; Garrincha, Sicupira, Jairzinho e Zagalo.



Glauco: Qual o adversário que te faz "tremer" quando o Botafogo vai enfrentar?
Jairo: O Flamengo sempre foi nosso maior rival, mesmo quando não tinham mais time que o Botafogo eles conseguiam encarar em condições de igualdade.
Glauco: Qual seu ídolo do passado?
Jairo: Sem duvida alguma Pelé foi o maior deles, tive outros ídolos, como Gerson, Rivelino, Ademir da Guia, Garrincha, Zico e muitos outros.
Glauco: Falando sobre o Campeonato Paranaense, você acha que esse ano será mais disputado ou está fácil para o Coritiba chegar ao tetra?
Jairo: O  Campeonato Paranaense é sempre uma incógnita, há muitos anos atrás o nosso campeonato era muito disputado pelo fortalecimento dos clubes do interior, de uns anos pra cá o interior enfraqueceu e o campeonato ficou resumido a Coritiba, Atlético e Paraná, hoje apenas Atlético e Coritiba brigam pelo titulo, acho que este ano não será diferente.
Glauco: O que os times do interior precisam para serem mais competitivos?
Jairo: Os clubes do interior precisam patrocínios, as condições financeiras são precárias e isso compromete a formação de times competitivos, as bilheterias também não colaboram, a receita de bilheteria esta reduzida apenas aos jogos com os grandes da capital que abrem mão do time principal na competição e isso afasta o torcedor do interior.
Glauco: Como você analisa a arbitragem no ano passado tanto no paranaense como no brasileiro. O que precisa para que os árbitros "errem" menos?
Jairo: A arbitragem do Paraná e do Brasil precisa ser profissionalizada, assim os árbitros se dedicarão a profissão e por consequência vão errar menos.
Glauco: Qual a sua opinião sobre a Copa do Mundo no Brasil em especial em Curitiba?
Jairo: Copa do Mundo é sempre importante, é o maior e mais importante campeonato do mundo, portanto não como não gostar eu adoro Copa do Mundo, já tive a satisfação de estar trabalhando em 4 Mundiais (México em 86, Itália em 90, EUA 94 e França em 98). Em Curitiba melhor ainda, só espero que em 2014 o sorteio seja favorável e que sejamos contemplados com grandes seleções.
Glauco: A demissão do Mano Menezes e a contratação do Felipão podem melhorar ou piorar a seleção?
Jairo: Mano Menezes perdeu a maior oportunidade de sua carreira como treinador, demorou muito para definir uma seleção e implantar sua filosofia, o tempo passou rápido e ele ficou pressionado, agora Felipão vai fazer o que ele não fez, sem tempo para testar Felipão vai se basear nas experiências que Mano Menezes fez para formar a seleção Brasileira.
Glauco: Qual o jogador não pode faltar na seleção de Luis Felipe Scolari?
Jairo: O jogador que não pode ficar fora da seleção de Felipão e de qualquer outro treinador é NEYMAR nosso principal jogador.
Glauco: Falando um pouco de música, qual seu gênero musical preferido?
Jairo: Meu estilo musical é pagode e o samba, mas gosto de alguma coisa sertaneja.
Glauco: Qual o artista que você mais ouve?
Jairo: Não tenho preferência por artista, mas admiro Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Seu Jorge e Martinho da Vila.
Glauco: Quem é Jairo Silva por Jairo Silva?
Jairo: Jairo Silva, pra mim é um cara boa praça, bom amigo, mas muito preocupado em não magoar esposa, filhos e amigos.
Glauco: Jairo agradeço muito a sua participação no blog e desejo um 2013 cheio de grandes realizações profissionais e pessoais a você e sucesso sempre.
Jairo: Agradeço Glauco à oportunidade de poder estar respondendo ao BLOG FAZENDO MUSICA JOGANDO BOLA é sempre uma oportunidade de poder falar com amigos, com seguidores, internautas e torcedores, que todos tenham um grande 2013, sucesso, realizações dos sonhos, muitas conquistas em um ano que promete ser muito importante para todos nós.