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Cocito |
Ele começou sua carreira no Botafogo-SP de1990 a 1998 sendo que subiu para os profissionais em 1995. . Suas boas atuações atraíram o interesse do Atlético Paranaense, que o contratou em 1998. Em 2001, foi um dos símbolos de raça e disposição em campo na campanha que deu o título de campeão brasileiro ao Atlético Paranaense. No mesmo ano, ficou marcado por um lance trivial de disputa de bola no qual Kaká, que na época jogava no São Paulo, acabou lesionado durante as quartas de final do Campeonato Brasileiro. O árbitro da partida não marcou falta.
Transferiu-se para o Corinthians em 2003. Ainda teve passagens por Grêmio, em 2004, e novamente por Atlético Paranaense em 2005, antes de jogar na Europa. No Velho Continente, Cocito atuou por Tenerife entre 2005 e 2006 e Real Murcia em 2006, ambos da Espanha.
Para a temporada de 2007, o jogador assinou com o Fortaleza, retornando para o futebol brasileiro. No ano seguinte, passou por Avaí, onde fez parte do elenco na campanha do time na conquista do acesso à Série A no Campeonato Brasileiro da Série B de 2008. Em 2009, o atleta assinou com o Boavista para a disputa do Campeonato Carioca.
No meio do ano transferiu-se para o Vila Nova para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, onde foi titular em onze partidas das quinze em que foi relacionado. Mas uma antiga lesão no joelho o fez frequentar com frequência o departamento médico do clube e Cocito foi dispensado. No mesmo ano, ele se aposentou e atualmente trabalha como empresário no ramo de construção civil.
Glauco Silveira: Qual seu time de Coração?
Thiago Cocito: Quando criança meu time do coração era o Corinthians pois meu pai era corintiano fanático até eu me tornar profissional pois depois enquanto eu jogava ele se tornou Cocito Futebol Clube e mesmo depois de eu me aposentar ele já chegou a torcer para o Atlético Paranaense contra o Corinthians pois meu pai e todos sabem que realmente o time do meu coração realmente é o Clube Atlético Paranaense.
Glauco: Por que o Atlético PR?
Cocito: Sem dúvida nenhuma foi o clube que mais me identifiquei , devido aos 8 títulos conquistados(Brasileiro, 5 Paranaenses 98-00-01-02-05, Seletiva para Libertadores 99 e Copa Paraná 99) além do vice da Libertadores sendo o jogador que mais edições disputou pelo clube tendo disputado nos anos de 2000, 2002 e 2005. Foram 5 anos e meio , e sempre tive muita admiração e respeito pela torcida e sinto que a recíproca é verdadeira, por todos esses aspectos que hoje apesar do carinho que tenho por todos clubes que joguei porém o clube do meu coração é o Atlético Paranaense.
Glauco: Conte-nos sobre sua carreira no furacão.
Cocito: Cheguei no Atlético em Abril de 1998 juntamente com Gustavo e Lucas. Jogávamos juntos desde criança no Botafogo de Ribeirão Preto e essa parceria ajudou muito. Eu fui comprado com uma lesão no púbis e sofri muito com isso. Os médicos optaram pelo tratamento conservador e tive uma melhora porém as dores voltaram e foram se tornando cada vez mais insuportáveis. Fiz minha estréia em Setembro em um jogo a noite na Capanema contra o Guarani e estávamos muito mal no Brasileiro. Joguei só o primeiro tempo e no intervalo pedi para sair e no mesmo dia de madrugada o Dr. Edilson Thiele fez com que eu fizesse uma ressonância na qual foi detectada a lesão e daí sim optaram pela cirurgia que foi feita no dia 7 de Outubro. Voltei a treinar normalmente no dia 5 de Janeiro de 1999 e eu tinha muito medo de voltar a sentir a lesão mas graças a Deus consegui voltar a jogar. Na semifinal do Paranaense contra o Coritiba perdemos e lesionei o ligamento colateral medial do joelho e fiquei um tempo parado e quando estava voltando o Atlético queria me emprestar para o Londrina mas eu decidi não ir pois via que tinha condições de jogar no CAP e deu tudo certo, o Axel se machucou e o Vadão me colocou pra jogar contra o Juventude lá em Caxias. Vencemos e fiz uma excelente partida e daí pra frente foram acontecendo os títulos e fui fazendo parte dessa história maravilhosa que vivi dentro do Atlético.
Glauco: Para você, qual foi seu melhor momento no Atlético PR?
Cocito: Foram 2 momentos inesquecíveis no CAP; o gol contra o Coritiba na Seletiva de 1999 e o título Brasileiro de 2001.
Glauco: Cocito tenho aqui 4 torcedores do Atlético PR e 1 do Coritiba que enviaram essas perguntas a você.
Jean Dion (Torcedor do Atlético) : Você pensa no futuro assumir alguma função dentro do Atlético?
Cocito: Olha Jean todo mundo sabe do meu carinho pelo CAP e que sempre estive a disposição para trabalhar e poder ajudar de alguma forma lá dentro. Em 2012 tive um convite porém era uma função que eu teria que estar viajando diariamente e no momento minha família precisava de mim mais perto e decidi não aceitar o convite. Hoje estou morando em Batatais-SP onde residem meus pais e irmãos. Vim pra cá no ano passado e como meu pai era o Presidente do Batatais Futebol clube decidi ajuda-lo e montei o time que conseguiu o acesso histórico para série A2 do Paulista. Meu pai não quis mais ser o presidente e também me afastei do clube. No momento coloquei minha casa a venda aqui em Batatais e assim que conseguir vende-la devo voltar para Curitiba. Estando mais próximo quem sabe não pinte uma oportunidade, porém não sou como muitos que ficam puxando o saco de uns e outros para conseguir emprego, eu penso que a diretoria do CAP não deva me chamar por gratidão ou algo parecido mas sim por saber que eu possa ser útil dentro do clube pelo meu conhecimento e pela minha identificação com o clube.
Luisandro Szlachta ( torcedor do Atlético PR): O que significou para você jogar no Atlético?
Cocito: Luisandro pra mim ter conhecido o CAP foi a melhor coisa que me aconteceu na carreira, um clube organizado , que pensa grande e com uma torcida fantástica. Foi um grande prazer ter crescido juntamente com o Clube conquistando a oportunidade de jogar minha primeira Libertadores com o Clube disputando também sua primeira Libertadores, ter sido campeão Brasileiro juntos, ter conquistado o tri paranaense inédito, enfim todas essas conquistas foram especiais e inesquecíveis.
Liliane Aléssio (torcedora do Atlético PR): Você vê hoje no furacão um jogador que tenha a mesma pegada que você, um marcador. Seria o Manoel?

Andrea da Silva (torcedora do Atlético PR): Na sua opinião o que falta no Atlético hoje para deslanchar na Libertadores?
Cocito: Andrea vendo o jogo do CAP contra o Velez por exemplo eu estava comentando com um amigo que o time do Atlético é muito bonzinho, portanto precisa ter uns 3 , 4 jogadores que olhem feio, que xinguem, que vibrem mais , gritem mais porém que saibam comandar e liderar o grupo senão ninguém respeita não.
Osmar Silveira (torcedor do Coritiba): Qual foi a reação do grupo no vestiário após a derrota para o São Paulo na final da Libertadores de 2005?
Cocito: Osmar o clima após a derrota na final da Libertadores era de velório, mesmo sabendo que chegamos longe foi minha maior decepção no futebol pois o time do São Paulo era bom porém não era imbatível e acho que se tivéssemos jogado na Arena poderíamos ter tido uma melhor sorte.
Glauco: Conte-nos como foi sua experiência na Europa e se foi dificil parar de jogar.
Cocito: Todo jogador sonha em jogar fora do Brasil e realizei esse sonho conhecendo um lugar maravilhoso pois fui jogar no Tenerife nas Ilhas Canárias e só não foi melhor porque tive problemas com o passaporte italiano. Estava em grande forma, havia acabado de disputar uma final de Libertadores e com esse problema demorei quase 3 meses para estreiar. Após o Tenerife fui para o Real Murcia-Es e lá tive a infelicidade de lesionar a cartilagem do joelho sendo que fiquei 2 meses sem pisar após a cirurgia. Devido a essa lesão encurtei minha estada na Europa. Após isso voltei ao Brasil e me recuperei na clinica do joelho do Dr.Edilson Thiele e com muita dedicação e vontade consegui voltar a jogar contrariando a muitos médicos que viram minha cirurgia e achavam que pela gravidade da lesão seria difícil eu voltar a jogar. Mas mesmo com dores e tomando antiflamatórios quase que diariamente fui para o Fortaleza onde fui campeão Cearense , em 2008 fui para o Avaí onde conseguimos o acesso para a série A do Brasileiro, em 2009 disputei o carioca pelo Boavista e depois a série B pelo Vila Nova de Goiás onde infelizmente tive que encerrar a carreira aos 32 anos de idade. Foi uma decisão muito difícil de ser tomada pois no momento me sentia muito bem fisicamente , com muita vontade de continuar jogando , concentrando , enfim de continuar levando a vida que vinha levando nos últimos 15 anos como jogador profissional, mas infelizmente nem tudo é como pensamos ser e um dia teria que parar ,só não pensei que fosse tão precocemente.
Glauco: Qual a sua expectativa em relação a Copa do Mundo?
Cocito: Olha apesar das manifestações que aconteceram e possivelmente possam ocorrer acho que teremos uma Copa do Mundo bem organizada e minha expectativa em relação a seleção Brasileira é muito boa e tenho em mente o jogo contra a Espanha na Copa das Confederações, com muita humildade na marcação e alegria e improviso na hora que estiver com a bola nos pés. Só acho que não temos um homem de referência a altura e penso que o Diego Costa cairia como uma luva para nossa seleção.
Glauco: Seremos campeões e ou quem são os favoritos?
Cocito: O Brasil sempre é favorito e vejo mais 3 seleções muito fortes: Argentina , Espanha e Alemanha.
Glauco: Qual o genero musical que o Thiago Marcelo ouve?
Cocito: Olha ouço sertanejo, mpb, mas minha preferência é pagode .
Glauco: Qual o artista que você mais ouve?
Cocito: Ouço várias bandas, o Raça Negra nunca sai de moda e gosto muito, Revelação, Sorriso Maroto, o extinto Exaltasamba, gosto também do Thiaguinho , Belo e Alexandre Pires. Não tem um específico.
Glauco: Se eu não perguntar isso vão me espancar (risos) Qual é a sua visão do choro do Kaká naquele jogo? (risos)
Cocito: (Risos) Essa pergunta está em 99% das minhas entrevistas. Era do conhecimento de todos que uma final entre Atlético Paranaense e São Caetano não era o que a imprensa queria e que o Kaká era o queridinho do Brasil e do Galvão Bueno. O gramado estava molhado e escorregadio e quanto ao lance eu escorreguei e o puxei para baixo . O Kaká já estava com o tornozelo baleado e acabou torcendo mais e teve que sair. O próprio Kaká disse que não viu maldade no lance e confessou que o choro dele foi por ter que deixar o time e não poder mais ajudar o São Paulo naquela decisão e não por dor de uma pancada pois todos viram que não foi pancada nenhuma e sim um puxão. Por ele ser o queridinho e a revelação do campeonato a imprensa comandada pelo Galvão Bueno começaram a dizer um monte de merda, falando que o Geninho teria dito para eu tirar o Kaká do jogo, e isso é tudo mentira pois nem se o Papa mandasse eu ser desleal com alguém eu não seria. A repercussão foi tamanha que até a Hebe falou no seu programa na época que era muito malvado e tinha batido no menininho Kaká. Enfim o importante foi a vitória e a classificação e ter levado o CAP a semifinal .
Glauco: Quem é Cocito para Thiago Marcelo?

Glauco: Cocito muitíssimo obrigado por vc ter topado participar do blog, saiba que nos atleticanos sempre o teremos com ídolo e respeitamos muito oq vc fez pelo nosso clube.
Cocito: Glauco , eu que agradeço a oportunidade de estar relembrando ótimos momentos vividos defendendo esse fantástico clube e aproveito também para agradecer a toda a nação atleticana por todo carinho e respeito que sempre me trataram e me tratam até os dias de hoje. Estarei sempre ao lado de vocês torcendo pelo nosso Furacão. Saudações Rubro-Negras !!!