quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Rogério Franzini


Músico dedicado, tão dedicado que acabou se tornando produtor musical por achar que Curitiba não tinha gente desse gabarito capaz de cuidar de um artista a altura de seu merecimento. Especializou-se  conversando com grandes produtores artísticos, verdadeiros lapidadores de diamantes da brutos da música brasileira, dentre eles Mairton Bahia, Pena Schimidt, Paulo Junqueiro, Liminha, Luiz Carlos Maluly entre outros e aproveitou também pra conhecer alguns advogados de grandes companhias discográficas, dentre eles Dr. João Augusto de Camargo Éboli (Na época da EMI ODEON BRASIL). Com eles entendeu os meandros de produção, o que uma gravadora exigia e fornecia para um artista, o que era um artista novato e um medalhão, enfim pessoas que acabaram por enriquecer seu conhecimento na área e o fizeram buscar nele mesmo excelência no que queria se propor a fazer.

 Logo após esse trabalho de pesquisa, foi para São Paulo estudar Sonorização e Masterização na escola OutPut, onde conheceu os técnicos de estúdio e engenheiros de som das TVs Tupi, Excelsior, Globo, feras que estavam disponibilizando seus conhecimentos para pessoas sedentas de informação como ele. Munido deste conhecimento que demorou quase 4 anos pra ser construído (de 1986 a 1990) estava apto para abrir seu estúdio, montar o seu selo próprio e lançar artistas da cidade com a devida atenção, atenção que ele mesmo nunca teve como músico. Esse foi o start inicial da sua carreira como produtor musical e óbvio, o que o ajudou muito na sua carreira de músico. “Como músico sou preguiçoso, odeio estudar música, mas como compositor, criador de publicidade e como produtor, me julgo um cara interado com o que faz.”, fala Rogério Franzini

Glauco: Qual seu time de coração?
RF: São Paulo


Glauco: Por que você escolheu o São Paulo?
RF: Não escolhi, foi herança do meu avô, ele era meu herói e eu queria copiá-lo em tudo. Acabei por me tornar um torcedor do São Paulo, foi natural, porém em 1979 vim pra Curitiba e pra poder ter amigos, falar de futebol e ter alguma coisa em comum entre as crianças da minha idade na época, optei por escolher o Coritiba pra ser meu time na cidade. Então digo pra todos, sou São Paulino de coração e Coxa branca por opção.


Glauco: Existe algum jogo do São Paulo que te marcou?
RF: Sim a final do campeonato paulista de 1991 – São Paulo 3 X 0 Corinthians, um período em que meu time estava no “alto de todas as glórias” (referência ao Coritiba) e tinha um cara chamado Telê Santana no comando, pra mim o maior técnico de todos os tempos, que até hoje nunca foi superado por nenhum outro treinador.


Glauco: Qual seria o adversário do São Paulo que você "treme" quando vão jogar?
RF: Não tremo com time nenhum, São Paulo sempre me deu segurança de ser um time que nunca esteve em baixa e se sentindo ameaçado.


Glauco: Qual um ídolo do passado que você gostaria de ver jogando hoje no São Paulo?
RF: Zico, pra mim o galinho foi um dos ícones do futebol brasileiro, vi ele jogar na copa de 82 e sem dúvidas o estilo de jogo dele era pra mim uma amostra de como era ser um matador no futebol. Existia Pelé, Garrincha e tantos outros nomes que mexiam com meus pais e avôs, mas eu vi e vivi a era do galinho e pra mim não existe outro melhor que ele.

Glauco: Você tem alguma opinião sobre a Copa do Mundo no Brasil?
RF: Sim, que vai ser algo que nos trará muito desgosto em todos os sentidos, futebol, escândalos, corrupção e etc.


Glauco: Você acha que poderemos ser campeões?
RF: Na sinceridade, apesar de ser em nossa casa a copa, não acredito que vamos vencer, pra mim isso tudo é fantasia, o futebol é como novela, manipulado pelo sistema e se da melhor quem paga mais e o Brasil não tem cacife pra isso. Não acredito mais em desportividade, pra mim futebol virou industria de entretenimento e o lucro se dá como sempre sob a derrocada de alguém.

Glauco: Você está com algum projeto em andamento na sua carreira?
RF: Sim, viagem pra Europa em 2013 e a gravação de um disco lá.


Glauco: conte um pouco sobre seu trabalho:
RF: Bom sou músico desde que me conheço por gente, sempre trabalhando em outros empregos e com atividades paralelas, parei de tocar quando casei a primeira vez, logo que me separei a depressão veio, mas graças a música me salvei e dela nunca mais deixei, prefiro assim, uma vida sem música é uma vida sem graça alguma, nem os surdos viveriam sem a música, eles podem não escutá-la, mas sentem ela nos pelos do corpo, portanto, música e oxigênio pra mim são coisas que me dão vida!

Glauco: Deixe seu contato.
RF: franzico@hotmail.com nesse email qualquer pessoa pode me achar. Ele é meu desde que existe internet no Brasil.


Glauco: Rogério Franzini foi muito bom conhecer um pouco mais sobre você e te desejo muito sucesso sempre!!
RF: Meu abraço ao Blog e a você Glauco, todo e qualquer meio que sirva pra difundir a arte da música deve ser adorado e divulgado.
Quero apenas deixar um recado pras pessoas que querem viver de música, autoral ou não, a música é o bálsamo da vida, então nunca critique ninguém por suas opções, apenas admire.


2 comentários:

  1. Grande Franzico, irmão e amigo de longas caminhadas. Ele é o cara!
    Tive o privilégio de tocar com ele, sou o contador dele, amigo, irmão, camarada.....Ela e família, são nossos amigos de frequentar a casa.
    Abraxx

    MAGO MERLIN - O OBSCURO (Vulgo: Moacyr)

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    1. Grande Mago, amigo especial, obrigado pelas palavras, você vai ter que me aguentar muito ainda na sua casa meu chapa, ainda mais agora com a chegada da Alice, não vou parar de ir encher o saco do vovô Merlin...kkkkkk

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